Corinthians
Corinthians:
O presidente do Corinthians, Andrés Sanches,
não perdeu a chance de responder a
Juvenal Juvêncio, mandatário do São Paulo.
Após a derrota do Timão por 2 a 0 para o
Botafogo, nesta quarta-feira, no Pacaembu,
o dirigente alvinegro chamou o rival
de ditador e levantou suspeitas sobre a
conduta dele como membro da antiga
Cecap (Companhia Estadual de Casas Populares).
Também nesta quarta, antes do empate do
Tricolor por 0 a 0 contra o Internacional,
em Barueri, Juvêncio fez piada com a
formação cultural do corintiano,
dizendo que ele tinha o “mobral inconcluso”
e que não votaria nele nem para ser presidente
de alguma torcida ligada ao clube.
- Sempre dei a cara para bater no futebol.
Tenho muito orgulho das pessoas que
se formaram no mobral. Eu fiz só o ginásio,
não tenho vergonha. Não me escondo,
não sou ditador, que dá golpe em cima de golpe
. Sempre trabalhei em empresas privadas.
Ele sabe muito bem fazer casa popular e vender
. Ele foi subprefeito da Penha, nunca soube
de trabalho dele em empresa privada.
Por isso, não quero estudar na escola e
na faculdade ele – esbravejou Sanches.
- Do meu trabalho no Corinthians todo mundo
pode criticar. Tenho que ser julgado pelo lado do
Corinthians mas ele foi pelo lado oficial.
Infelizmente, só fiz o ginásio e 85% da
população me entende. É um preconceito
muito grande dizer que não tem curso
universitário, que esquece do “s”, que
come uma letra. É pejorativo. No meu caso
, foi por preguiça e por trabalhar desde pequeno.
Meu pai não teve nem quarta série primária.
Por isso ele deixa de ser um homem digno?
Sanches não economizou ironias sobre
a história política de Juvenal Juvêncio no
São Paulo, principalmente depois de ele
ter dito que não votaria no corintiano para
ser presidente da CBF. O presidente ainda
enfrenta problemas na Justiça com a oposição
por ter sido eleito pela última vez através
de uma brecha no estatuto. Além disso, fez
piadas com os últimos shows realizados pelo
Tricolor no Morumbi.
- Primeiro que ditadores só votam neles.
Não sou candidato a nada. Não quero.
Como não falo bonito, estou atrapalhando
o futebol brasileiro e vou tocar a minha vida.
Mas o Juvenal deveria estar nervoso.
Ele está desaprendendo a fazer futebol.
Acho que ele está aprendendo bastante
com os shows – ressaltou.
Andrés Sanches e São Paulo, aliás, travam
nos últimos meses uma guerra sobre o
futuro do atacante Dagoberto. O presidente
corintiano fala abertamente que o jogador
tem propostas de Internacional, Fluminense e
Santos.
- Ele (Juvenal) não vai renovar com o Dagoberto
pelo cavalo que dá para os jogadores.
O cavalo vale R$ 20 mil, mas ele dá por R$ 500
– completou.